27 de março de 2012

A carta que nunca entreguei


Quero teus pés colados nos meus, feito minha boca na tua. Quero teus ossinhos marcando meu quadril feito teus olhos marcam minha alma. Quero tuas palavras marcando meu coração feito teu amor faz comigo. Quero mais de você, quero mais de mim. Quero mais de nós dois. Te quero sendo comigo. Me diga, me mostre, me olhe, me ame. Canta outra vez no meu ouvido que quer o nosso bem, que faz tudo pelo nosso amor. Não perca o costume de me desequilibrar, muito menos de me segurar no último instante. Contorna meus lábios com teus dedos e para bem na ponta do meu nariz; me olha bem no fundo de mim e diz com aquele teu olhar o que sempre me disseste.
Dia desses, antes de dormir, percebi uma coisa. Pensei que o amor fosse meu, mas não: é todo teu. Guarda com cuidado, num canto escondido qualquer que seja. Lembra dele, vez ou outra. Olha.

Sente saudade,
como eu faço. 


em 24.02.12

16 de março de 2012

Leve


Não se esqueça de vir aqui. Venha, me pegue. Pegue o que for seu e estiver dentro dessa casa comigo. Leve. Leve tudo. Me leve. Leve até esse coração que não para de bater choramingando no peito. Leve as palavras outrora ditas, os beijos, os abraços, os olhos, o carinho, o amor. Leve todo esse peso que tenho dentro de mim, para que eu seja leve outra vez.




"A nostalgia de não ter você é como uma cicatriz, é como uma costura mal costurada"

2 de março de 2012